A importância da sistematização da escrita de diários de aula na formação inicial de professores (as) de Química: uma experiência no estágio supervisionado

Abstract

A formação inicial de professores tem se mostrado como um tema bastante relevante dentre as políticas públicas para a Educação Básica Brasileira. Assim, a formação de profissionais da educação deve ter como fundamento a associação entre teoria e prática, e dessa forma, os cursos de Licenciatura possuem os Estágios Curriculares Supervisionados, que visam integrar o licenciando no seu futuro ambiente de trabalho. Logo, pensar em formação docente é pensar na reflexão da prática. Dentro desse contexto, o presente trabalho tem como objetivo analisar as contribuições formativas do processo de escrita de diários de aula produzidos por licenciandos(as) em Química durante as atividades de observação e intervenção no campo de estágio. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo documental, onde foram analisados sete Diários de Aula produzidos por licenciandos(as), no âmbito da disciplina de Estágio Curricular Supervisionado II, ofertada pelo curso de Licenciatura em Química da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT). Por meio da análise de categorização, elegemos três categorias analíticas, quais sejam: i) reflexões sobre a importância do planejamento didático - pedagógico; ii) reflexões do(a) professor(a) estagiário(a) sobre a dificuldade de ensinar a disciplina escolar Química; e, iii) apontamentos dos(as) licenciandos(as) sobre a experiência formativa do estágio. Como principais resultados, destacamos as reflexões pertinentes dos(as) licenciandos(as) a respeito da importância do planejamento didático-pedagógico, dos desafios da profissão docente e das dificuldades em ensinar a disciplina de Química, além disso, eles fazem apontamentos acerca da experiência da realização do estágio, onde destacam que a profissão docente não é fácil, e que são inúmeros os percalços que se encontra no meio do caminho. Assim, destacamos que é imprescindível que as políticas públicas sejam realmente direcionadas para o aprimoramento da formação docente, e que discutam a respeito das diversas ferramentas educacionais que podem ser utilizadas para facilitar e contribuir com o trabalho do professor, pois a reflexão do professor sobre suas ações pedagógicas torna-se insuficiente se não forem fornecidas as condições efetivas para fazer melhorias significativas.