Utilização de fitoterápicos como redutores de estresse no transporte de tambaqui (Colossoma macropomum)
Nenhuma Miniatura Disponível
Data
2019
Autores
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
O transporte é um importante procedimento na piscicultura, no qual se adicionam substâncias
como sais e / ou anestésicos para amenizar o estresse e aumentar as densidades de peixes para
otimização do processo. No presente estudo, avaliou-se a utilização de óleos essenciais de
melaleuca e cravo ou sal adicionado na água de transporte de tambaquis em sistema fechado.
Para tanto, foram realizados três experimentos. No primeiro, avaliou-se o efeito de diferentes
concentrações na sobrevivência e qualidade de água de tambaqui durante a simulação de
transporte e determinou-se a concentração mais apropriada para esse procedimento. No
segundo e terceiro experimento avaliou-se a eficácia da concentração determinada no
experimento anterior em comparação ao sal durante o transporte, utilizando os indicadores:
íons plasmáticos, parâmetros hematológicos, histológicos e metabólicos. As seguintes
concentrações foram adicionadas à água no primeiro experimento: 2,78, 5,56, 8,34, 11,12 mg
L-1 de óleo de melaleuca; 2,43, 4,86, 7,3, 9,12 mg L-1 óleo de cravo, 2,60, 5,20, 7,80, 10,40
mg L-1 de misto (os dois óleos combinados 1:1); 0,8% de sal + óleo de melaleuca (5,20 mg L
1
); óleo de cravo (4,86 mg L-1) + sal 0,8%, misto (5,20 mg L-1) + sal 0,8%. Cada concentração
constituiu um tratamento com 5 réplicas. O grupo controle não teve a adição de aditivos. O
segundo e terceiro experimento, tiveram duração de 15 e 36 h de transporte, respectivamente.
A adição da concentração mista de 10,40 mg L-1 de óleo de melaleuca e cravo constituiu o
tratamento MEUG; 0,8% de sal adicionado constituiu o tratamento SAL. Um grupo de peixes
não submetidos ao transporte constitui o grupo basal. No primeiro experimente, os
tratamentos a 11,12, 9,20 e 10,40 mg L-1 de óleo de melaleuca, de cravo e misto,
respectivamente, proporcionaram os maiores tempos de transporte. A concentração de amônia
total aumentou com o período de transporte, sendo inferior ao controle nos tratamentos óleo
de melaleuca a 11,20 e no misto a 10,40 mg L-1. O oxigênio dissolvido manteve-se em
maiores valores nestas concentrações. A sobrevida após a recuperação foi maior no
tratamento misto a 10,40 mg L-1. Esta concentração mostrou-se mais apropriada para um
transporte de longa duração (até 48 h). Os resultados obtidos no segundo e terceiro
experimento, mostraram que os níveis de cortisol, glicose e lactato plasmático aumentaram
após o transporte, em comparação aos valores antes dos transportes. Os valores glicêmicos do
tratamento MEUG foram inferiores ao do tratamento SAL, independentemente do tempo de
transporte. O mesmo ocorreu para o lactato, somente no experimento de 15 h. Os níveis do
glicogênio hepático foram maiores no tratamento MEUG. Não houve alterações nos íons
(sódio, cloreto, potássio) independente do tratamento e do tempo de transporte. A
concentração de hemoglobina aumentou no tratamento SAL, após o transporte de 15 h e 36 h.
As brânquias não sofreram alterações morfofisiológicas deletérias. Com exceção do
glicogênio hepático no tratamento SAL, todos os parâmetros estavam semelhantes aos basais
após recuperação por 96 h. Os indicadores evidenciaram respostas primárias e secundária ao
estresse, demonstrando resultados mais favoráveis para o transporte de tambaquis por 15 e 36
h com uso dos óleos essenciais combinados de melaleuca e cravo a 10,4 mg L-1 como
sedativos.
Descrição
Palavras-chave
estresse, fitoterápicos, sedativos, bem-estar animal
Citação
SANTOS, Eduardo Libanio Reis Santos. Utilização de fitoterápicos como redutores de estresse no transporte de tambaqui (Colossoma macropomum). 2019.65f. Dissertação (Mestrado em Sanidade Animal e Saúde Pública nos Trópicos) – Universidade Federal do Norte do Tocantins, Araguaína, 2019.