Efeitos do tratamento com progestágenos sobre o útero de gatas domésticas.

Nenhuma Miniatura Disponível

Data

2019

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Resumo

O Brasil possui a segunda maior população pet do mundo, e os gatos domésticos têm crescido com maior proporção. Pararelamente a esse crescimento, também tem crescimento o número de animais abandonados, além de baixos índices de adoção. A criação desses animais sem acompanhamento do médico veterinário, mobilidade irrestrita e ausência de controle reprodutivo determina prejuízos ao seu bem-estar e podem resultar em agravos aos seres humanos, como transmissão de doenças, contaminação ambiental, formando um quadro problemático para saúde pública. Toda essa problemática da procriação excessiva e as suas decorrências, aumentou também o uso de contraceptivos, que acometem inúmeros efeitos indesejáveis, logo, faz-se necessário o conhecimento da anatomofisiologia reprodutiva da gata doméstica (Felis catus), bem como conhecer os protocolos de contracepção mais específicos e eficientes, tendo em vista os mecanismos de ação e indicação, que tragam menos danos colaterais, e métodos mais seguros ao controle reprodutivo. A revisão de literatura teve como objetivo abordar a anatomofisiologia reprodutiva da gata doméstica (Felis catus) e os métodos contraceptivos mais utilizados, mecanismo de ação, dosagens utilizadas, vantagens e desvantagens de cada protocolo considerado. Nesse sentido a avaliação e a busca por métodos contraceptivos menos onerosos configura-se como uma alternativa ao controle da natalidade, levando em consideração as relações que os fármacos têm e seus efeitos colaterais. Assim, o experimento teve como objetivo foi avaliar os efeitos de contraceptivos à base de progesterona em gatas domesticas, na macroscopia uterina, o efeito imunossupressor na citologia endometrial e a histopatologia. Foram utilizadas 17 gatas, sem raça definida, com até dois anos de idade, sem histórico de patologias reprodutivas ou aplicação prévia de anticoncepcionais. Esses animais foram divididos em três grupos experimentais, grupo controle (n=7) sem administração de progestágenos, grupo oral (n=4) aplicação de progestágeno oral e grupo injetável (n=6) aplicação de progestágeno injetável. Os animais foram submetidos, após 12 semanas, à ovariohisterectomia para análises. As alterações macroscópicas uterinas foram semelhantes nos grupos oral e injetável, onde grande parte apresentou parede uterina espessada, endométrio hipertrofiado com dobras. Os efeitos citológicos demonstraram diminuição da resposta leucocitária nos grupos oral e injetável. Nas análises morfológicas e histológicas, os resultados mostraram glândulas endometriais mais dilatadas no grupo oral, seguido do grupo injetável, acompanhado da diminuição da lâmina própria. As demais estruturas analisadas, miométrio total, circular interna, estrato vascular e longitudinal externa tiveram maiores médias que o grupo controle, o que demonstrou os efeitos da P4 nessas estruturas uterinas, o que confirma a influência da estrutura do órgão. Os efeitos dos progestágenos sobre o útero de gatas tratadas com acetato de megestrol e medroxiprogesterona, onde as principais alterações encontradas foram em altura do epitélio superficial, miométrio total, muscular circular interna, estrato vascular e muscular longitudinal externa.

Descrição

Palavras-chave

Acetato de Medroxiprogesterone. Acetato de Megestrol. Contraceptivo. Reprodução. Superpopulação

Citação

CORREIA, Crispim Anderson Rodrigues. Efeitos do tratamento com progestágenos sobre o útero de gatas domésticas.2019.65f. Dissertação (Mestrado em Sanidade Animal e Saúde Pública nos Trópicos) – Universidade Federal do Norte do Tocantins, Araguaína, 2019.

Avaliação

Revisão

Suplementado Por

Referenciado Por