Biblioteca Digital de Dissertações e Teses da UFNT
URI permanente desta comunidadehttps://solaris.ufnt.edu.br/handle/123456789/21
A BDDT é uma biblioteca específica destinada à abrigar toda a produção resultante dos programas de pós-graduação da UFNT, para o depósito os discentes da pós-graduação devem cumprir toda a regulamentação pertinente. O depósito desta produção é obrigatória.
Navegar
2 resultados
Resultados da Pesquisa
Item MANEJO DA ADUBAÇÃO NITROGENADA SOBRE AS CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS, DESEMPENHO AGRONÔMICO E PRODUÇÃO DE RAÍZES DE CULTIVARES DE Urochloa spp.(2024) Lopes; Sâmia AlvesO cultivo de pastos em solos de menor fertilidade natural, como os Neossolos Quartzarênicos, sem o uso da adubação, reflete em menor produção e afeta a perenidade das plantas forrageiras. No entanto, o manejo da fertilidade dos solos em associação ao uso de forrageiras tropicais adaptadas, permite que estes solos sejam explorados abundantemente. Conduziu-se estudo para avaliar as respostas de cultivares de Urochloa spp. e efeito da adubação nitrogenada, sobre as características estruturais e desempenho agronômico, assim como o crescimento, distribuição e produtividade do sistema radicular das plantas em pastagens cultivadas em Neossolo Quartzarênico, durante a estação chuvosa. O experimento foi conduzido em blocos casualizados em esquema fatorial 4x2 e com 4 repetições. Os tratamentos consistiram em cultivares de forrageiras (Xaraés, Piatã, Mavuno e Marandu) e doses de nitrogênio (controle e 300 kg ha-1 de N), parceladas em aplicações de 50 kg ha-1 ciclo-1. Não houve efeito de interação entre cultivares e doses. As cultivares apresentaram respostas distintas quanto as características de dossel, no entanto, tiveram mesma produtividade, com média de massa seca total (MST) de 3.761,7 kg ha-1. A aplicação de nitrogênio modificou as características estruturais e conduziu a maior desempenho agronômico, sem interferir na qualidade da forragem. A combinação dos fatores influenciou a massa seca de raízes (MSR) nos estratos 20-40 (p=0,003) e 60-80 (p=0,001), resultando em menor produção de MSR para a cultivar Xaraés quando aplicada a adubação nitrogenada. Foram verificadas diferenças entre as médias de produção de raízes dos capins nos estratos 40-60 (p<0,0001), 80-100 (p=0,002) e massa seca total de raízes (MSTR) p=0,003, que foi superior para Marandu, no entanto a Mavuno e Piatã não se diferenciaram da cultivar Xaraés, de menor produção. O fornecimento de nitrogênio reduziu a MSR para as profundidades avaliadas, resultando em menor MSTR em comparação aos tratamentos sem adubação (13,32%). A relação parte aérea: raiz (RPAR) foi reduzida em todas as cultivares quando não empregada a adubação nitrogenada, indicando que em situação de escassez de nutriente, as forrageiras alocaram maior quantidade de carboidratos nas raízes. À semelhança da cultivar Marandu, as cultivares Xaraés, Mavuno e Piatã são bem adaptadas aos solos do ecótono Cerrado-Amazônia, com desempenho produtivo semelhantes, demonstrando excelente potencial para a diversificação de forragem no contexto da exploração pecuária.Item Estudo da eficácia anti-helmíntica e resistência parasitária de avermectinas administradas por vias oral e intramuscular e avaliação do perfil bioquímico em equinos naturalmente infectados provenientes da Amazônia Legal.(2023) Lopes; Paula Lorhanna BarbosaOs parasitas gastrointestinais são responsáveis por causar diversos prejuízos e alterações no organismo de equinos. O uso abusivo de antiparasitários com o objetivo de prevenir e tratar animais, contribui para o aumento de pressão de seleção química para parasitos resistentes, diminuindo a eficácia anti-helmíntica e aumentando a carga parasitária podendo levar os animais a óbito. Assim, objetivou-se com a presente pesquisa avaliar a eficácia anti-helmíntica da ivermectina 1% e doramectina 1% injetáveis administradas pela via oral e intramuscular em equinos naturalmente infectados, bem como os possíveis danos renais, hepático e muscular promovidos por estes produtos e, o custo-benefício comparado aos produtos comerciais destinados à equídeos. Para tal, utilizou-se 60 equinos, machos e fêmeas, de diferentes idades, de duas propriedades rurais da microrregião de Araguaína, Tocantins, onde estabeleceu-se dois grupos de 30 animais. Em cada propriedade, os animais foram divididos em três subgrupos, sendo: G1=grupo controle (n=10), que não recebeu tratamento; G2=animais tratados com ivermectina ou doramectina na dose de 0,2mg/kg pela via intramuscular (n=10); G3=animais tratados com ivermectina ou doramectina na dose de 0,2mg/kg pela via oral (n=10). Para a avaliação parasitológica, amostras de fezes foram coletadas diretamente da ampola retal 30 dias antes do início do experimento para confirmar o parasitismo, no dia do tratamento antes da administração dos produtos (D0) e nos dias 14 (D+14) e 28 (D+28) pós-tratamento. Em todas as amostras realizou-se a contagem de ovos por grama de fezes (OPG) e a coprocultura. Para o teste de eficácia dos anti-helmínticos utilizou-se o Teste de Redução de Contagem de Ovos nas Fezes (TRCOF) proposto por Coles et al. (1992). Para identificação de possível efeito agudo dos produtos utilizados determinou-se as concentrações séricas de aspartato aminotransferase (AST), Gama GT (GGT), creatina quinase (CK), lactato desidrogenase (LDH), uréia (UR) e creatinina (CREAT) no D0, às 6, 24 e 48 horas e 14 dias pós-tratamento. A análise termográfica para avaliação do local da aplicação intramuscular foi realizada às 6, 24 e 48h após a aplicação bem como aos 7, 14, 21 e 28 dias após o tratamento. Para a análise do custo-benefício empregou-se o valor por mL quando da obtenção dos produtos utilizados e calculou-se o valor para 600kg, sendo este o maior peso vivo alcançado pelos produtos orais comerciais próprios para a espécie, e comparou-se com o preço médio de mercado destes, após cotação em três lojas distintas da cidade de Araguaína. A coprocultura demonstrou que o parasitismo dos animais era exclusivamente por ciatostomíneos. O OPG no D0 de todos os grupos estudados, tanto para a ivermectina quanto para a doramectina não apresentaram diferença estatística (p>0,05), demonstrando homogeneidade entre eles. No D+14 houve diferença significativa no G2 e G3 em relação ao G1para a ivermectina e apenas em G3 para a doramectina. No TRCOF, independente do princípio ativo e via de administração, não se alcançou a porcentagem mínima exigida (95%). Para as variáveis bioquímicas, embora se detectou alterações estatisticamente significativas, não se pode afirmar que essas se devam ao uso dos produtos, uma vez que também o grupo controle as apresentou, além de que não seguiram um padrão de ocorrência. Os valores encontrados para as variáveis CK, AST, UR e CREAT estavam dentro do estabelecido como referência. Na avaliação termográfica realizada nos animais do G1 e G2, não se observou alteração no padrão de imagem e nem nos valores da temperatura. Na análise do custo-benefício, os valores para os produtos utilizados foram significativamente menores do que as pastas orais existentes, porém, a ineficácia dos produtos inviabiliza o uso. Conclui-se que há resistência parasitária aos princípios ativos utilizados, que é necessário a adoção de novas estratégias para controle de helmintos em equinos do Norte do Tocantins e, ainda, que mesmo com o uso da ivermectina 1% ou doramectina 1% injetáveis, os equinos podem ter sua saúde e bem-estar comprometidos por parasitas intestinais.