A infância ribeirinha que perdeu o rio: crianças amazônidas de Babaçulândia atingidas pela usina hidrelétrica de Estreito.

dc.contributor.authorSOUSA, Cimara leite de
dc.date.accessioned2025-09-10T23:41:07Z
dc.date.issued2025
dc.description.abstractO presente trabalho objetiva compreender a infância das crianças descendentes dos ribeirinhos da ilha de São José realocados no reassentamento Baixão no município de Babaçulândia- TO em função do deslocamento forçado pela barragem da UHE de Estreito. Para tanto, foram realizadas entrevistas com cinco antigos moradores da ilha e quatro professores que exerceram função na escola da localidade, bem como oito crianças do Baixão realizadas por meio da produção de desenhos e suas significações. As entrevistas foram analisadas sob a luz da dinâmica dos contextos ambientais apresentada por Urie Bronfenbrenner – e avaliados por meio da técnica de análise de conteúdo de Bardin –, com o auxílio do software WebQDA. A partir dos resultados chegou-se a três categorias temáticas: i) Infâncias; ii) Infância e natureza morta; iii) Macrossistema. O primeiro descreve como era a infância ribeirinha no ambiente da ilha. O segundo os desafios enfrentados pela população em seu novo local de vivência e como estes afetam infância. O terceiro versa sobre os instrumentos de domínio e força utilizados para impedir que os moradores acessem seus direitos. Os desenhos foram analisados considerando a técnica do Instrumento Gerador de Mapas Afetivos (IGMA) proposto por Bomfim. Os resultados alcançados por meio da narrativa das crianças revelaram sentimentos potencializadores, despotencializadores e mistos em relação ao reassentamento Baixão e ilha de São José. De modo geral, concluiu-se que, a construção da usina alterou de maneira significativa o contexto infantil dos descendentes dos ribeirinhos. Notou-se que a mudança para um ambiente sem acesso ao rio limitou a compreensão das crianças em relação a amplitude geográfica do rio o que marca uma transição ecológica, na qual, os filhos dos ribeirinhos, se apresentam como a primeira geração familiar que não se identificam como tal. O fim da infância ribeirinha das famílias estudadas é um dano social e subjetivo que nenhuma análise de impacto social e psicológico havia previsto.
dc.identifier.citationSOUSA, Cimara leite de. A infância ribeirinha que perdeu o rio: crianças amazônidas de Babaçulândia atingidas pela usina hidrelétrica de Estreito. 2025.130f. Dissertação (Programa de Pós-graduação em Demandas Populares e Dinâmicas Regionais) – Universidade Federal do Norte do Tocantins, Araguaína, 2025.
dc.identifier.urihttps://solaris.ufnt.edu.br/handle/123456789/446
dc.language.isopt
dc.publisherUniversidade Federal do Norte do Tocantins
dc.subjectInfância
dc.subjectRibeirinho
dc.subjectBabaçulândia
dc.subjectAmazonia Legal
dc.subjectTransição Ambiental
dc.subjectViolência
dc.subjectUHE de Estreito.
dc.titleA infância ribeirinha que perdeu o rio: crianças amazônidas de Babaçulândia atingidas pela usina hidrelétrica de Estreito.
dc.typeOther

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