Pedagogia

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    Contribuições do Programa de Apoio À Parentalidade na Universidade (PAPU) para as famílias universitárias: um relato de experiência
    (Universidade Federal do Norte do Tocantins, 2025-09-22) Silva, Evânia Pereira da
    A supervisão parental ou as atividades de cuidado com as crianças em diferentes configurações familiares (heteroparentais, homoparentais, monoparentais, avós e netos, famílias indígenas, quilombolas, dentre outras) promovem a sua sobrevivência e a manutenção da espécie humana. Construções históricas e culturais de gênero nas sociedades ocidentais promovem a Divisão Sexual do Trabalho delegando as atividades de cuidado às mulheres que assumem o desafio de conciliar a maternidade com a formação profissional e sua inserção no mercado de trabalho. O objetivo geral deste trabalho foi apresentar um relato das experiências ocorridas no Programa de Apoio à Parentalidade na Universidade (PAPU) desenvolvido na Universidade Federal do Norte do Tocantins - UFNT no Centro Universitário de Educação, Humanidades e Saúde (CEHS), localizado no Município de Tocantinópolis, durante o ano de 2023. Para responder os objetivos, utilizou-se as experiências pessoais como mãe estudante na Educação Básica e Superior, além das experiências como monitora brincante no PAPU CEHS, no ano de 2023, como fonte de pesquisa. O relato de experiência é um tipo de produção de conhecimento, onde o texto trata de uma vivência acadêmica e/ou profissional em um dos pilares da formação universitária (ensino, pesquisa e extensão), cuja característica principal é a descrição da intervenção. As experiências como mãe estudante na Educação Básica e Superior revelam a necessidade de políticas de apoio à maternidade estudantil: licença maternidade estudantil; horários de aula flexíveis; abono de faltas quando filhos estão doentes; estrutura física como brinquedotecas, espaço de amamentação, banheiro família com fraldário e sanitários infantis; permissão para as mães levarem suas crianças no transporte universitário, dentre outras. Ser mãe e estudante exige resiliência, organização e uma rede de apoio que nem sempre está disponível. A vivência como mãe estudante demonstra que a permanência na Escola ou na Universidade se torna um ato de resistência. As experiências como monitora evidenciam que o PAPU traz contribuições para a formação dos monitores brincantes, para as crianças acolhidas e para as famílias universitárias. A monitoria permitiu aplicar os conhecimentos adquiridos durante a formação em Pedagogia, refletindo sobre as teorias educacionais; permitiu desenvolver pesquisas e extensão, fortalecendo o compromisso com a educação humanizada. Atuando com crianças em atividades lúdico-pedagógicas, foi possível perceber como as brincadeiras e o brincar é uma linguagem potente de aprendizado, capaz de estimular o desenvolvimento cognitivo, físico e psicossocial. Para as famílias universitárias, o PAPU contribuiu com o cuidado e o bem-estar dos seus filhos, enquanto desenvolviam as atividades acadêmicas. Conclui-se que as vivências como mãe estudante e monitora brincante foram experiências desafiadoras e formativas, contribuindo, significativamente, para a construção de uma identidade profissional mais consciente, crítica e engajada na transformação da realidade social.
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    Trajetórias de mães estudantes na educação de jovens e adultos (EJA)
    (Universidade Federal do Norte do Tocantins, 2025-02-28) Sousa, Lionete Da Silva
    Na presente pesquisa abordamos as ligações entre o processo de formação na Educação Básica e o exercício da maternidade, a partir das narrativas autobiográficas das estudantes mães na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Nossa pesquisa teve como objetivo geral investigar as trajetórias de estudantes mães na Educação de Jovens e Adultos de Tocantinópolis. De modo específico mapeamos a existência de estudantes mães na EJA do Ensino Fundamental II (segundo segmento) de uma escola estadual de Tocantinópolis; investigamos os motivos da desistência do ensino regular e a inserção na EJA; investigamos o quanto a maternidade atravessa as trajetórias das estudantes durante sua formação escolar; analisamos a existência de programas de apoio à maternidade dentro da Escola e fora dela, que possam assegurar a permanência delas durante o Ensino Fundamental. Como metodologia, foi realizada uma pesquisa de campo de natureza qualiquantitativa com objetivos exploratórios, tendo como instrumento de coleta de informações a roda de conversa. Participaram da roda de conversa e construção das narrativas autobiográficas 21 estudantes da EJA Ensino Fundamental, segundo segmento, das turmas do 7 o. e 9 o. ano, havendo 15 mulheres e 6 homens. Destes, 12 mulheres exerciam a maternidade e apenas dois homens a paternidade, sendo que sete alunos(as) precisam levar seus filhos(as) para as aulas regulares. Para alcançar os objetivos da pesquisa fez-se análise interpretativo-crítica das narrativas de 10 mães estudantes. As narrativas das mães estudantes indicam que suas histórias de vida convergem quanto aos fatores que dificultaram a permanência na escola durante o Ensino Fundamental: moravam na zona rural; o contexto de pobreza; as atividades de cuidado com os filhos, irmãos ou outros familiares; o casamento; e o trabalho na roça ou na cidade para colaborar no sustento financeiro das suas famílias de origem ou família nuclear. Sobre seu retorno na EJA e perspectivas futuras, desejam terminar os estudos e pretendem fazer um curso técnico profissionalizante ou ingressar na Educação Superior. Conclui-se que, o casamento e a maternidade atravessam a vida escolar e profissional dessas mulheres, fazendo com que desistam dos estudos no ensino regular durante a Educação Básica, voltando a estudar algum tempo depois na EJA como forma de recuperar o que lhes foi tirado, seguindo assim, com sonhos e planos para um futuro próximo após a conclusão do Ensino Médio.