Biblioteca Digital de Dissertações e Teses da UFNT
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A BDDT é uma biblioteca específica destinada à abrigar toda a produção resultante dos programas de pós-graduação da UFNT, para o depósito os discentes da pós-graduação devem cumprir toda a regulamentação pertinente. O depósito desta produção é obrigatória.
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Item Uso da termografia na avaliação pré-operatória do retalho axial auricular caudal em cães.(2019) Sousa; Daiane Michele FrantzO retalho axial auricular caudal é bastante utilizado em cães para reconstrução de defeitos na região de face e pescoço, entretanto têm sido descritas complicações como necrose do bordo distal. A termografia por infravermelho vem sendo aplicada na Medicina Veterinária em diversas áreas, incluindo a cirurgia reconstrutiva. O uso deste recurso no planejamento dos procedimentos pode contribuir na confecção de retalhos com melhores resultados. O objetivo deste trabalho foi utilizar a termografia na avaliação do segmento cutâneo utilizado nos procedimentos reconstrutivos do tipo retalho axial auricular caudal em fase pré-operatória. Para isso, 14 cães foram submetidos a dois tratamentos, um antes e outro depois de serem submetidos à anestesia geral. Cada tratamento consistiu em duas etapas, sendo na primeira o registro sem uso de resfriamento da pele e o segundo após este processo cujo protocolo é idêntico a assepsia pré-cirúrgica. Após o resfriamento registraram-se imagens aos zero, três, seis e nove minutos, observando-se o reaquecimento fisiológico da pele. Na avaliação sem uso de resfriamento observou-se que não houve diferença visual nas imagens registradas antes e depois da anestesia geral. Na análise estatística observa-se que não houve diferença nos tratamentos para a temperatura mínima, temperatura média, desvio-padrão da temperatura e o coeficiente de variação da temperatura. Já a temperatura máxima apresentou diferença, sendo 1,29°C mais alta nos animais antes de serem submetidos a anestesia geral. Houve diferença também para a amplitude térmica. Na análise onde foi realizado o resfriamento cutâneo, observou-se que houve um retardo para o aparecimento das áreas mais quentes nos animais sob efeito de anestesia, o que não ocorreu nos animais sem efeito de anestesia. Na análise estatística verificou-se que na temperatura mínima a interação entre anestesia e tempo após resfriamento não apresentou significância e ocorreu efeito linear crescente do tempo após o resfriamento. No parâmetro temperatura máxima a interação apresentou significância, variando significativamente após o resfriamento aos três, seis e nove minutos, sendo maior essa variação nos animais não anestesiados. A amplitude térmica demonstrou não sofrer efeito significativo em nenhum dos fatores analisados. A temperatura média demonstrou interação significativa. Imediatamente após o resfriamento aos nove minutos não houve influência da anestesia sobre a temperatura média, porém nos tempos três e seis minutos a temperatura média sem anestesia foi maior do que nos mesmos tempos sem anestesia. Com anestesia o comportamento da temperatura média foi linear crescente, sendo a temperatura progressivamente maior a medida que aumentava o tempo após o resfriamento. Nas variáveis desvio-padrão e coeficiente de variação da temperatura não ocorreu interação e o tempo influenciou de forma linear crescente, enquanto a anestesia não influenciou os referidos parâmetros. Verificou-se que a utilização das imagens termográficas captadas antes do procedimento cirúrgico pode contribuir de forma rápida e direta na identificação das regiões doadoras para confecção de retalhos de padrão axial auricular caudal. A anestesia não influenciou o registro termográfico da área doadora, portanto a obtenção das imagens pode ser realizada antes ou após a anestesia. Entretanto o resfriamento induzido pela assepsia altera o padrão de reaquecimento, podendo influenciar na interpretação das imagens obtidas.